terça-feira, 30 de abril de 2013

Itacyr Bocato Jr






Itacyr Bocato Jr. nasceu em S. Bernardo do Campo, no bairro Baeta Neves, há 48 anos. Aprendeu violão em casa, mas a sonoridade dos metais o atraiu para a bandinha da escola estadual, com 7 anos incompletos. Após um semestre de teoria, se apresentou ao maestro Irineu querendo tocar trompete ou sax. Como não havia instrumentos disponíveis, teria de esperar mais seis meses "estudando teoria". Pra sair tocando na banda, como ele diz, "trombou" com o trombone.
Nos anos 60, rara era a escola que não tinha a sua bandinha ou fanfarra. Bocato conviveu com grandes músicos de S. Bernardo que saltaram dos campeonatos escolares para o profissionalismo. Uma geração de feras, que marca forte presença até hoje em nossos palcos e estúdios.
Esta turma explodiu acompanhando Arrigo Barnabé, no histórico festival universitário da TV Cultura, em 1979. A quebradeira que eles promoviam no palco chamou a atenção do meio musical, eBocato foi convidado para tocar com Elis Regina no show Saudades do Brasil (1980). Daí pra frente, virou estrela do primeiro time: tocou na banda de Roberto Carlos, acompanhou Rita Lee, Ney Matogrosso e vários astros da MPB, participou de Orquestras e Big Bands. Grava constantemente com a nova geração, como Maria Rita, Simoninha e Jairzinho.
Mas Bocato é um experimentador. Formado em composição e regência, sempre desenvolveu um trabalho instrumental, solista ou em grupo. Em 1982 fundou a Banda Metalurgia, com a qual arrebatou o título de disco instrumental do ano. Gravou discos no Brasil e no exterior, aperfeiçoando sua visão pessoal de música brasileira com improvisos jazzísticos. Em 1997 lançou o antológico "Tributo a Pixinguinha", que apresentou em vários países da Europa, no ano do centenário do mestre.
Morou um tempo na Europa, tocou no Festival de Montreux, balançou a Suíça com o CD "Acid Samba", brilhou com sua banda no Festival Internacional de Moscou em 2004, tendo como convidados João Donato, Wanda Sá e Emílio Santiago.
De volta ao Brasil, gravou os primorosos "Antologia da Canção Brasileira vol. 1 e 2" (Maritaca, 2004), formando com a flautista Lea Freire, um dos grandes duos instrumentais desta década. Seu último trabalho autoral é "Cacique Cantareira" (Elo Music/ Trattore, 2006), onde desfia com sua banda um repertório inédito de alta octanagem.
Dominando todas as vertentes da música popular contemporânea, o homem não esgota seu estoque de surpresas. Como ele mesmo diz, no subtítulo do último CD: "Quebre tudo, mas toque certo!" Hoje Bocato mora novamente no Brasil...

Discografia:

  • 1985 Lixo atômico - Bocato e Banda Bloco
  • 1987 Sonho de um anarquista
  • 1988 Conserto para um trombone quebrado
  • 1989 Abruxa-te
  • 1989 Aqui jazz Brazil
  • 1990 Ladrão de trombone
  • 1996 Bem dito
  • 1997 Tributo a Pixinguinha
  • 2000 Samba de zamba
  • 2001 Acid samba
  • 2004 Cacique Cantareira - Elo Music/Boitatá
  • 2008 Hidrogênio
  • 2012 "Esculturas de Vento"


3 comentários:

  1. Espero essa moçada entender a frase... sai da mesmice , desligue a TV, e venha curtir e fazer música, que é a coisa mais bela que tem e que o homem já fez...

    ResponderExcluir
  2. "Esculturas de Vento", seu CD de 2012 é uma obra-prima!
    A Arte e a Música agradecem incomparável talento.
    SALVE BOCATO*****

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo que é muito bom ouvir Bocato, principalmente para nos incentivar

      Excluir

Dia de São João

Falta pouco para os que estão bem de saúde e não tem idade superior a 50 se colocando entre as pessoas que estão na faixa de risco de morte ...